Data: 22-05-2012
Criterio:
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Espécie endêmica do Brasil, mas amplamente distribuída. Apesar de sofrer com o desmatamento, a espécie está protegida por unidades de conservação (SNUC) e está presente em coleções ex situ.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Vriesea gigantea Gaudich.;
Família: Bromeliaceae
Sinônimos:
O trabalho de Dias (2009) no PARNA Serra dos Órgãos registrou para V. gigantea uma frequência absoluta de 17% e uma frequência relativa de 28% por parcela. A espécie apresentou uma abundância total de 162 indivíduos e uma distribuição do tipo agregada.E Kersten; Silva (2001) encontraram quatro indivíduos em uma área amostral de 3.000 m².Já o trabalho de Hoeltgebaum (2003) apresentou V. gigantea com uma frequência sobre os forófitos de 16,7% no estádio de capoeirão e 6,45% no estádio de floresta secundária.Klein et al (2009) reportou ca. 60 indivíduos sobre uma área de regeneração inicial após deposição de material estéril de mineração de carvão.Segundo Silva (2008) ocorrem haplótipos geneticamente semelhantes na porção central e sul de distribuição do táxon (Rio Grande do Sul a São Paulo), enquanto haplótipos ancestrais estão localizados ao norte (Rio de Janeiro e Espírito Santo).Paggi (2009) identificou em seu estudo populacional de V. gigantea as seguintes composições em cada estágio de vida, para uma área de 400 m²: seedlings=0,2 indiv./m²; juvenis=0,45 indiv./m²; adultos=0,11 indiv./m²; adultos reprodutivos=0,05 indiv./m². Segundo a mesma autora, a proporção de seedlings que chegam à idade adulta é de 73% e a de juvenis que se transformam em adultos é de 9,5%. E no período de um ano, 29% chegam à fase adulta reprodutiva.
Ocorre nos Estados de PE, AL, BA, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS (Martinelli et al., 2008; Forzza et al., 2010). Altitude: Reitz (1983).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Ferreira (2006) indicou que o desmatamento causado por queimadas e extração comercial de madeira já modificaram 80% da cobertura nativa de Santa Catarina.
1.2.1.2 National level
Observações: A Resolução CONAMA nº 261 de 1999 determina que V. gigantea é uma espécie característica de restinga arbórea primária ou original.
1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Citada na Lista de espécies da flora ameaçadas de extinção do Rio Grande do Sul na categoria "Vulnerável" (VU) (CONSEMA-RS, 2002).
5.7 Ex situ conservation actions
Observações: Bencke; Droste (2008) obtiveram 100% de germinação de sementes de V. gigantea utilizando meios de cultura MS suplementados com reguladores vegetais BAP e NAA.
Espécie cultivada na Embrapa Clima Temperado, Pelotas - RS, a partir de indivíduos resgatados da obra de duplicação da BR 392 (Stumpf et al., 2008).
4.4 Protected areas
Observações: Ocorre no PARNA Serra dos Órgãos, Teresópolis - RJ (Dias, 2009); na Reserva da cidade universitária "Armando de Salles Oliveira", São Paulo - SP (Dislich, 1996), na E.E. da Ilha do Mel, Paranaguá - PR (Kersten; Silva, 2001); REBIO Represa do Grama, Descoberto - MG (Lima, 2008); no P.E. de Itapuã, Viamão -RS (Paggi, 2009); no Parque Estadual da Ilha Anchieta Ubatuba/SP (Suhogusoff, 2006).
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Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Vriesea gigantea
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Última edição por CNCFlora em 22/05/2012 - 14:01:44